Questionamento muito comum no consultório envolve a mamoplastia e a possibilidade de realizar o procedimento aliado com o uso de prótese. Primeiramente, vamos entender que a mamoplastia é uma cirurgia para corrigir a flacidez e melhorar o contorno das mamas, além de simetrizar ou diminuir o tamanho quando necessário.
Nos últimos anos, vemos um número cada vez maior de pacientes com mamas volumosas que buscam realizar a mamoplastia com o uso de prótese com a justificativa de que, assim, seria possível evitar que as mamas fiquem flácidas novamente.
As próteses são seguras e tem o uso positivo comprovado, mas alguns pontos importantes devem ser mencionados durante este debate:
1) A prótese serve para deixar as mamas mais arredondadas e com uma arquitetura mais firme, mas não sustenta a mama. O fator mais importante para contra a flacidez é qualidade da pele e a retirada de pele que foi feita na cirurgia. Mesmo assim, a médio e longo prazo, toda mama submetida a mamoplastia poderá apresentar algum grau de ptose (queda), principalmente pelo envelhecimento natural da pele. Isso acontece independente de haver prótese ou não.
2) Todas as pacientes com prótese precisam ser acompanhadas anualmente e podem necessitar de troca em alguma etapa da vida. Seja por motivos estéticos ou situações relacionados as próprias próteses como contraturas capsular, seromas tardios e roturas. Todo manual de prótese alerta para o fato de que não há expectativas que a prótese dure a vida inteira da paciente.
Assim, a prótese é uma ótima alternativa, mas, precisa ser usada com sabedoria. Paciente com mamas grandes, podem apresentar um bom resultado da cirurgia apenas com a redução e montagem do tecido mamário.
Já o uso de prótese é mais útil para mamas com conteúdo reduzido ou com tecido mamário liposubstituido e sem sustentação. Na dúvida, a melhor alternativa é conversar com o cirurgiã plástico para que a decisão seja um consenso.